APRENDENDO A ESCOLHER – UM CONTO

 

Quando se chega no momento da escolha profissional jovens e adultos ficam muito aflitos porque acham que essa é uma escolha para toda vida… que é uma escolha muito responsável para um jovem de 17 anos, e assim por diante.

Mas entre mitos e fatos, podemos observar se olharmos com mais cuidado que muitas escolhas já foram feitas pelos jovens quando chegam aos 17.

Por exemplo, alguns escolheram  desenvolver algum esporte, outros ficaram na internet. Alguns resolveram aprender um instrumento, outros ainda preferiram as baladas e noites mal dormidas. Também escolheram se iriam ou não se dedicar aos estudos e serem responsáveis com as tarefas escolares.

Portanto aos 17 anos , os jovens podem sim fazer uma escolha profissional. Pelo menos de uma área de interesse e quem sabe de atuação! E podem procurar orientação, podem pesquisar sobre qual seria a melhor escolha para suas vidas.

Não importa a escolha o que importa é a dedicação à mesma – fazer cursos, adquirir conhecimentos, procurar ser o melhor que pode, treinar, etc.

As atitudes profissionais também são importantes, como a boa vontade, disponibilidade, a busca de maior conhecimento, a atitude ética, entre outras

Vou contar para vocês uma historia . É um conto do sudeste asiático. E muito antigo.

 Um trabalho a executar pelas criaturas de Deus

( conto do sudeste asiático)

Era um vez dois primos que foram criados juntos.  Aprenderam a engatinhar, andar, mais tarde a correr, nadar, jogar bola e tudo o mais o que os meninos fazem juntos.  Eram amigos leais e devotados.

Porém, com o tempo foram se distanciando, como acontece até mesmo com os bons amigos ao saírem pela vida.  Um deles dedicou-se aos livros; descobriu um certo prazer em aprender e estudou muito, acabando por triunfar nos exames.  O outro primo resolveu que os livros não eram lá tão boa companhia.  Faltou muito às aulas para continuar a nadar e jogar bola; ignorou os deveres e acabou fracassando nos exames.

Como sói acontecer nesse mundo, a sorte sorriu ao primeiro, que se tornou conselheiro do próprio rei.  O segundo primo acabou arranjando um serviço de remador do navio real.

Um dia, o rei e todos os conselheiros embarcaram para uma viagem, rio acima.  Sentados sob um dossel, na proa do barco, onde a brisa era mais agradável, discutiam negócios do Estado.

O remador vendo o primo muito à vontade com a realeza, ficou muito abalado.

_ Olhe só aquele preguiçoso, espichado na sombra, enquanto eu fico aqui a moer os ossos ao sol – disse para si mesmo, remando – Por que ele tem direito de sentar-se lá e eu não?  Afinal, nós dois  não fomos criados juntos, e somos criaturas de Deus?

Quanto mais pensava, mais ficava furioso e irritado.

_ Olhe só que palermas inúteis  – começou ele a resmungar com seu companheiro de remo – Falam que são conselheiros , mas só ficam jogando conversa fora!  Por que é que nós temos que suar tanto para puxar as carcaças deles contra a corrente? Isso não é nada justo! – e continuou resmungando e resmungando.

Naquela noite , depois de todos estarem dormindo, e o barco ancorado, perto de uma margem tranqüila, o remador foi acordado com uma mão muito firme lhe sacudindo os ombros.  Era o próprio rei.

_ Há um barulho esquisito vindo daquela direção – disse apontando para a terra. E eu não consigo dormir, imaginando o que seja. Por favor, vá e descubra o que é.

O remador levantou-se num pulo, e foi correndo ver o que era, voltando poucos minutos depois.

_ Não é nada Majestade, – disse – Uma gata acabou de dar a luz a uma ninhada de gatinhos barulhentos.

_ Ah, sim – disse o rei . _  E que tipo de gatinhos?

O remador não tinha reparado nisso, então correu de novo para lá , e quando voltou disse:

_ São siameses.

_ E quantos gatinhos são ?  , perguntou o rei.

Lá foi o remador novamente.

_São seis  gatinhos – disse , um tempo depois.

_ Quantos machos e quantas fêmeas?  , perguntou o rei

O remador correu para lá mais uma vez.

_Três machos e três fêmeas  – disse quando voltou, quase sem fôlego.

_Está bem,- disse o rei . – Venha comigo.

Foram até a proa do barco, e o rei acordou o primo do remador.

_ Há um barulho esquisito naquela direção, – disse-lhe o rei – Vá lá e descubra o que é .

O conselheiro saiu e voltou pouco depois.

_É uma ninhada de gatinhos recém –nascidos, Majestade –disse.

_ Que tipo de gatos? Perguntou o rei

_ Siameses ,respondeu o conselheiro

_Quantos gatos ? ,

_ Seis.

_Quantos machos e quantas fêmeas?

_ Três machos e três fêmeas. A mãe deu à luz dentro de um barril revirado, logo depois de termos chegado. Os gatos pertencem ao prefeito do vilarejo.  Ele espera não ter incomodado Vossa Majestade, e convida-o a escolher um deles , caso a corte precise de algum animalzinho de estimulação.

O rei olhou para o remador.

_ Eu ouvi seus resmungos hoje cedo – disse ele – Sim, todos somos criaturas de Deus. Mas todas as criaturas tem seu trabalho a executar.  Precisei manda-lo quatro vezes  à praia , para obter as respostas. Meu conselheiro foi uma vez só. E é por isso que ele é meu conselheiro, e você fica com os remos do barco.

 

 

ESCOLHAS E CRITÉRIOS – UM CONTO

 

Será que  posso escolher  o que eu quiser, na hora que quiser?

Se eu gosto de uma roupa numa vitrine, eu posso escolher comprá-la. Não preciso pensar muito – se tiver o dinheiro necessário posso adquiri-la.

 

Parece simples! podemos escolher pelos nossos desejos e impulsos  quando quisermos , e isso soa como se fosse plena liberdade.

 

Quando chega o tempo de  inscrição para o vestibular, muitos pensam que  é só  colocar o x  num curso e pronto – se passar é aquele curso que vai fazer. Muitas vezes até se convencem  de tal escolha… mas isso dura até os primeiros dias de aula já na faculdade, quando percebem que não tem nada a ver com aquele curso e profissão.

 

Para escolher precisamos de critérios, como conhecer os cursos,  o mercado de trabalho, reconhecer nossas possibilidades e dificuldades.

 

A escolha  feita a partir dos desejos e impulsos, sem pensar um pouco nas consequências, me fez lembrar de uma historia que vou contar para vocês. Na verdade é um conto popular, que Câmara Cascudo escreveu no seu livro “Contos e Lendas Brasileiras”.

 

 

Os três pedidos

 

Quando Nosso Senhor andava no mundo chegou a uma casinha de gente muito pobre e pediu de comer e de beber. Os velhos que moravam a aí deram o que possuíam e agradaram muito Nosso Senhor. Quando este ia embora , abençoou –os e disse:

– Pelo que fizeram por mim, e como são pobres e tementes a Deus, podem pedir três coisas que serão realizadas imediatamente.

O velho e a velha ficaram saltando de contentes. À noite , foram jantar e conversaram sobre o sucedido, meio desconfiados daquelas promessas. A velha, vendo a pobreza da janta, disse alto:

– O que eu queria agora era uma roda de linguiças assando em cima daquelas brasas.

Palavras não eram ditas e apareceu uma roda de linguiça assando em cima das brasas.

O velho ficou tão zangado com o pedido da mulher que não se conteve e gritou:

-E a minha vontade é que essa linguiça fique na ponta de sua venta para você não ser mais maluca!

A linguiça voou do fogo e grudou-se na ponta do nariz da velhota que começou a chorar e lastimar-se pela desgraça .

– Acuda-me , maridinho de minh’alma! Acuda-me maridinho!

Tanto chorou e se lastimou que o velho marido teve pena do caso e pediu que a linguiça saísse do nariz de sua mulher.

A linguiça desapareceu.

E assim  os três pedidos não serviram de nada!

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Como vocês viram, fazer escolhas sem pensar pode ser bem desastroso. Seria bem melhor se o velho e a velha conversassem sobre o que gostariam na vida e como gostariam de vive-la dai para diante. Quem sabe poderiam estar desfrutando de uma vida mais plena e com mais sabedoria.

 

ESCOLHAS

ESCOLHAS…

Toda escolha tem seus ganhos e perdas.

Voce conhece a poesia da Cecilia Meireles “ Ou isto ou aquilo” ?

Não? Então , veja a baixo , e reflita.

Ela nos ajuda a compreender que nem tudo  podemos ter.

 

OU ISTO OU AQUILO

Ou se tem chuva e não se tem sol,

ou se tem sol e não se tem chuva!

 

Ou se calça a luva e não se põe o anel,

ou se põe o anel e não se calça a luva!

 

Quem sobe nos ares não fica no chão,

quem fica no chão não sobe nos ares.

 

É uma grande pena que não se possa

estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

 

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,

 

ou compro o doce e gasto o dinheiro.

 

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…

e vivo escolhendo o dia inteiro!

 

Não sei se brinco, não sei se estudo,

se saio correndo ou fico tranqüilo.

 

Mas não consegui entender ainda

qual é melhor: se é isto ou aquilo.

 

Cecilia Meireles -Ou isto ou aquilo, Ed. Nova Fronteira, 1990 – R.J. )

FILMES E ESCOLHA PROFISSIONAL

O processo de  Escolha Profissional

Inspirações que o cinema nos traz!

Maria Elci Spaccaquerche

A sétima arte, o cinema, é uma fonte preciosa para nos inspirar sobre o processo de escolha profissional. Entre os vários filmes que abordam o tema da escolha destaco “ Momento de Decisão” ( The Turning Point) dirigido por Herbert Ross com Shirley MacLaine , Anne Bancroft e Mikhail Baryshnikov

A história trata de duas amigas que quando jovens estudaram para se tornarem bailarinas: Emma Jacklin (Anne Bancroft) e Deedee Rodgers (Shirley MacLaine). No entanto, tomaram rumos opostos na vida. Emma investiu na carreira e alcançou o estrelato. Deedee optou por se casar e constituir família. Chega o momento em que a filha mais velha de Deede, Emilia (Leslie Browne) tem a oportunidade de dançar na mesma Companhia de Danças que sua mãe estudara. Assim, ambas partem para New York, onde Deedee e Emma vão confrontar suas escolhas e suas vidas que tomaram diferentes rumos.

Todos nós em algum momento da vida nos deparamos numa encruzilhada onde temos que decidir que rumo tomar.  Na maioria das vezes essa decisão se baseia em valores pessoais, dos quais nem sempre temos a consciência. Importante nesse momento fazer uma reflexão honesta consigo mesmo para basearmos nossa escolha naquilo que realmente acreditamos como valor maior, sem desculpas ou subterfúgios. Só assim podemos arcar com a escolha durante o nosso trajeto de vida.

Vale a pena ver o filme! A trama contem muito mais que essa sinopse.

JUVENTUDE E A HORA DA ESCOLHA – PONTOS PARA REFLEXÃO

 

   “Todos nós, num determinado momento, temos visão de nossa existência como sendo especial, muito preciosa e intransferível. Essa transformação se dá quase sempre na adolescência” (Robert Johnson, He, Ed. Mercúrio, São Paulo).

 

 Época de descaminhos

  

Decididamente não é fácil ser jovem neste final de século. Uma crise generalizada, de proporções nunca vistas antes, assola a humanidade, acelerando profundamente e em curtíssimo prazo todas as crenças, instituições e valores. Vivemos crise na economia, nas religiões, na política, na moral e também na família, no trabalho e nas profissões. É longa e árdua a estrada que o jovem precisa percorrer para aventurar-se num caminho próprio.

 

A juventude é um estágio de passagem entre o Ser criança e o Ser adulto. É uma passagem que define toda uma vida, um modo de ser e estar no mundo, mas que traz em si sementes já plantadas na infância, época em que o ser é apresentado ao mundo pelos adultos que o rodeiam. Na apresentação da criança ao mundo, os adultos lhe passam valores, crenças, hábitos, conceitos e basicamente afetividade e emoção que serão os instrumentos com os quais o jovem vai enfrentar sua jornada.

 

Há vinte ou trinta anos, muito provavelmente, a maioria dos pais e educadores sabiam que mundo mostrar às crianças; ou pelo menos achavam que sabiam, e não se questionavam muito acerca de seus princípios. O mundo adulto parecia ter uma estrutura de valores e normas éticas conhecida e respeitada por todos. O que vemos agora, porém, é que a maioria ou quase a totalidade dos valores foram ou estão sendo questionados e relativizados. A sociedade e nós dentro dela estamos passando por uma revisão de ideias e conceitos há muito não colocados em dúvida. E, ao mesmo tempo, há uma busca bastante ativada de um mundo mais significativo que responda aos anseios da alma humana.

 

É desnecessário dizer que o relativismo moral, que se instaura quando todos os valores são questionados, é tão desastroso quanto a rigidez moral e institucional, pois fracassa em fornecer quaisquer padrões de certo ou errado, e de oferecer a primeira e indispensável orientação para o ser que se forma. Parece mesmo que os adultos temem ser criticados, serem chamados de “caretas”, e assim se eximem de emitir opiniões, como se não as tivessem de fato. Muitos, por temerem se expor, “abrem o diálogo”, que aparentemente lhes confere a persona de democratas, mas que, na verdade, esconde o modo como veem o mundo, e o temor de arcarem com suas ideias, que, eventualmente, podem mesmo não ser as melhores. Infelizmente , por temerem ser, eles acabam não permitindo que o jovem possa ser. Eles falham em fornecer aquela primeira e indispensável orientação que servirá de confronto para o jovem.

 

É certo que o ser humano é um eterno vir-a-ser, mas é certo também que a gente vai sendo na medida que se vive. E, ainda mais, aquilo que o adulto teme expor em palavras, acaba por expor nas atitudes e comportamentos. O vir-a-ser não significa viver em constante caos, mas é ir colocando os tijolos necessários para a nossa estruturação, que não precisa ser rígida, sempre igual e sem transformações, muito ao contrário; porém precisa, sim, ser sólida.

 

Encontramo-nos, pois, numa época em que há uma grande desorientação nos adultos e, consequentemente, nos jovens. Estamos inseridos num meio social completamente ambíguo. Existe uma permissividade aparente para as crianças e jovens, mas essa liberdade se refere muito mais ao consumo dos produtos veiculados pela mídia, do que a real liberdade de ser no mundo. Assim nos defrontamos com restrições básicas, como habitação, lazer, educação, cultura, alimentação, falta de espaço, etc. E isso acontece em todos os níveis sociais!

 

Tanto as necessidades criadas pelo consumo como as restrições da realidade atingem todas as pessoas, de alguma maneira. Assim, o jovem tem a aparente liberdade de comprar um sapato da moda, e nenhuma de andar com o mesmo pelas ruas, pois corre o risco de ser assaltado e até mesmo assassinado. O menino da favela não tem casa para morar e vive pelas ruas, e o da classe média tem casa para morar, mas ela se torna uma prisão cheia de grades, e a ele não é permitido viver e brincar nas ruas.

 

O que encontramos é uma mídia responsável por todos os conceitos humanos de liberdade, felicidade, alegria e moral. Os princípios mais gerais da ética e respeito humanos parecem ter sido esquecidos pelas pessoas, ao se deixarem levar pela propaganda. Felicidade, alegria e outros valores ficaram confinados no TER, ou seja, na ilusão de que a posse de determinados bens confere uma existência significativa. Os adultos, agindo assim, abriram mão do Ser. O que ensinarão aos seus filhos? Que exemplos darão aos jovens?

 

Jornada do herói

 

Dentre as mais diversas características que o adolescente apresenta neste período de passagem, podemos destacar a vulnerabilidade e a ambiguidade diante das situações que lhe apresentam. A ambiguidade é típica de todo período de transição, e a vulnerabilidade também. É só lembrarmos do mito de Hércules, o herói grego.

 

Em seu primeiro trabalho de sua jornada de doze, ele tem que matar o Leão de Nemédia, cuja pele é invulnerável. Depois de aniquilar o monstro, Hércules retira-lhe a pele, e passa a usá-la, simbolizando com isso a necessidade de conquista da autoconfiança e da autodefesa como o primeiro passo para enfrentar a multiplicidade de estímulos que o mundo apresenta.

 

A confiança dá ao Ego a capacidade de integrar o mundo interno, pois o jovem aprende que as situações podem ser reversíveis e as perdas, temporárias; ainda mais, é através da autoconfiança que se desenvolve a capacidade de resistência a frustrações, tão necessária à jornada do Herói. Desse modo, ele aprende a discernir, a prever e a esperar.

 

Diante da multiplicidade de situações, o jovem vai precisar optar. OPTAR também significa “matar”, sacrificar as múltiplas possibilidades em favor daquela que é escolhida. Na busca da integração de sua identidade, ele caminha para a necessidade de opções, e o só poderá fazer isso se na sua jornada aprendeu a abrir mão de algumas coisas em prol de outras. Muitos jovens não conseguem fazer suas escolhas, nem mesmo as profissionais, por paralisarem-se diante do fato que ao escolherem algo deixam de escolher outras tantas coisas. Estão ainda presos ao mundo infantil, ao mundo inconsciente de fantasias onde tudo podem, presos a ilusão de onipotência. Aguentar a condição humana é sempre  muito  difícil.   Enfrentar as duras provas que podem nos trazer frustrações e tristezas é realmente algo para heróis.

 

A trajetória humana é árdua, é necessário disciplina, força, garra, muito empenho, e até mesmo a ajuda dos deuses, como observamos em todos os mitos dos mais diversos povos. E o resultado não é imediato.

 

Somente anos mais tarde, quando o indivíduo tiver seus 30 ou 40 anos, é que ele vai confrontar-se consigo mesmo e ver se sua jornada foi a do herói, ou se ele desistiu da mesma. Se ele não percorreu seu caminho, terá que faze-lo agora; o que é sempre muito mais difícil. O tempo é inexorável e a vida requisita o ser humano para cumprir sua parte.

 

TALENTO É UM DOM QUE VOCÊ TEM

 

Conhecer quais são os nossos talentos é muito importante para a nossa vida e nossa carreira, pois são eles que vão direcionar nossas escolhas profissionais.

Muitas pessoas acham que não têm talento algum, mas isso não é verdade. Acontece que quando pensamos em talentos, pensamos em “dons artísticos”: talento para cantar, para pintar, desenhar ou mesmo dançar. Também podemos pensar nos “gênios”, como os da matemática, física, etc.

 

Os talentos revelam habilidades. Então, por ex., andar de bicicleta revela habilidade física – motora; arrumar o quarto, a casa, habilidade de organização; montar aparelhos de som, habilidade auditiva e também manual e eletrônica.

Mas não são só esses. Existem muitos talentos. Eu diria que são tão variados como o número de pessoas. Isso porque cada um de nós nasce com pelo menos um talento, ou seja, um dom, que temos que reconhecer e desenvolver. Eles são como nossas impressões digitais: eles nos identificam!

 

Vamos fazer um exercício: pense nas coisas que você tem facilidade de fazer.

Consegue pensar? Vamos a alguns exemplos: fazer uma pipa, jogar bolinha de gude, organizar seu material, preparar uma boa macarronada, saber combinar as cores de sua roupa, montar um carrinho de rolimã, gostar de cuidar de crianças, etc. Podemos enumerar muitas coisas.

Na maioria das vezes a gente não percebe os nossos talentos, pois nascemos com eles! E achamos que “é natural”, ou “fácil” fazer aquela determinada coisa. Mas, saiba que tudo aquilo que você acha fácil fazer, faz parte dos seus talentos.

 

Quando desenvolvemos os nossos talentos, o entusiasmo fica presente no nosso trabalho. E eu diria que esse é o diferencial para um indivíduo ser bem sucedido: reconhecer o seu talento e desenvolvê-lo com entusiasmo.

Tem gente que tem muitos talentos, entretanto não sabem o que fazer com eles. Acabam pulando de um para outro, e se perdem, sem desenvolver nada bem. Você deve conhecer gente que é assim: é bom em muitas coisas, mas não se fixa em nada. Logo enjoa do que faz, e quer fazer outra coisa. Com isso não fazem nada muito bem feito. E são eternos insatisfeitos. É que não basta se ter talentos, é preciso persistência, disciplina para desenvolvê-los, sem falar na coragem para enfrentar os obstáculos, que sempre aparecem. Não é porque um cara é bom de bola, que ele não precisa treinar. Muito ao contrário, para ser da Seleção e Campeão é preciso treinar muito!

 

Normalmente, as pessoas pensam em escolher suas carreiras profissionais, a partir do que existe de bom no mercado, e do que dá mais dinheiro. Porém, o caminho deveria ser o inverso. Como vimos é muito importante identificar nossas habilidades, pois a escolha profissional deve ser feita a partir das habilidades ou talentos, e das características pessoais.

Então procure dentro de você o que gosta de fazer, procure saber mais sobre suas habilidades, seus talentos. Depois, desenvolva-os, se tornando sempre melhor naquilo que faz, colocando aí seu entusiasmo. E verá que ao fazer isso, não é a profissão  que fará de você um sucesso, mas você dará sucesso à profissão que escolher!